"Se algum dia alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se: amadores construíram a Arca de Noé e profissionais, o Titanic"

sexta-feira, novembro 30, 2012

Purgástico: Máquina de Escrever


A máquina de escrever, máquina datilográfica ou máquina de datilografia é um instrumento mecânico, electromecânico ou eletrônico com teclas que, quando premidas, causam a impressão de caracteres num documento, em geral de papel.
O método pelo qual uma máquina de escrever deixa a impressão no papel varia de acordo com o tipo de máquina. Habitualmente é causado pelo impacto de um elemento metálico, com um alto relevo do carácter a imprimir, numa fita com tinta que em contato com o papel é depositada na sua superfície.
No fim do século XX tornou-se rara a utilização de máquinas de escrever na generalidade das empresas e na utilização doméstica, sendo substituídas pelo computador, que, com processadores de texto, possibilitam efetuar o mesmo trabalho de modo mais eficiente e rápido.
O profissional especializado em usar a máquina de escrever é chamado de datilógrafo.
A invenção de um primitivo dispositivo de escrever mecanicamente é atribuída a Henri Mill, em 1714.
O italiano Pellegrino Turri introduziu, em 1808, o sistema de Teclado. Posteriormente, o mecânico norte americano Carlos Thuber criou um modelo aperfeiçoado, com maior rapidez de escrita (1843). Outros nomes como os do norte-americano Burth, o inglês Jenkins, e o francês Pogrin, colaboraram para o aperfeiçoamento da máquina.
As primeiras máquinas imprimiam apenas em caracteres maiúsculos. Foi Brooks quem conseguiu a impressão dos caracteres maiúsculos e minúsculos.
A última fábrica que produzia máquinas de escrever não elétricas, a Godrej and Boyce em Bombaim, Índia, encerrou em 2011, depois de ter vendido menos de 1.000 exemplares no último ano, definitivamente tornou-se numa peça de museu.

A máquina de escrever brasileira

A invenção de um dispositivo mecânico de escrita no Brasil é atribuída ao padre Francisco João de Azevedo, nascido na Paraíba do Norte (atual João Pessoa) em 1827 e falecido em 1888. Professor de Matemática do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, integrante de uma família em que existiam mecânicos, constrói um modelo de máquina de escrever que apresentou na Exposição Agrícola e Industrial de Pernambuco em 1861, e na Exposição Nacional do Rio de Janeiro, em fins do mesmo ano, sendo premiado com a Medalha de Ouro.

A Godrej and Boyce, a última empresa no mundo que ainda fabricava máquinas de escrever, fechou as portas em Mumbai, Índia. Apenas 200 máquinas restam no estoque da empresa.  "Não estamos mais recebendo pedidos", disse o gerente da fábrica, Milind Dukle, ao jornal indiano Bussiness Standard.

Embora as máquinas de escrever tenham se tornado obsoletas na maior parte do ocidente, elas ainda eram comuns na Índia. Contudo, a demanda caiu vertiginosamente nos últimos dez anos na medida em que usuários trocaram as engenhocas por computadores. Já nos Estados Unidos, uma geração jovem demais para nutrir qualquer nostalgia por fitas enroladas e dedos sujos de tinta torna-se adepta das velhas Remingtons e Smith Coronas.

A partir do ano 2000, as empresas que ainda fabricavam máquinas de escrever foram fechando as portas no país, exceto a Godrej and Boyce. De acordo com Dukle, até 2009, a empresa fabricava de 10.000 a 12.000 máquinas por ano. Agora a companhia irá se concentrar em fornecer equipamentos para o governo.

A empresa ainda possui 200 modelos em estoque, a maioria com teclas no alfabeto árabe. A fábrica indiana começou a produção na década de 1950, quando o primeiro-ministro Jawaharlal Nehru descreveu a máquina de escrever como o símbolo da independência e da industrialização indiana. Até a década de 1990, a Godrej and Boyce ainda vendia 50.000 modelos por ano. Em 2010, foram vendidas apenas 800 máquinas.

A primeira máquina de escrever comercial foi fabricada nos Estados Unidos, em 1867, e até a virada do século se transformou no modelo padronizado, incluindo o teclado QWERTY, que se usa em diversos países, inclusive no Brasil.

Circulou na internet nos últimos dias a notícia de que a última fábrica de máquinas de escrever do mundo fechou as portas. Na segunda-feira 25, no entanto, veio o desmentido.

O site norte-americano Minyanville , que fornece conteúdo para Yahoo! Finance, MSN Money e AOL Money, achou um fabricante de máquinas de escrever, a Swintec , sediada nos Estados Unidos.

Em entrevista ao Minyanville, o gerente geral de vendas da empresa não apenas confirmou que continua fabricando o produto como enfatizou: “Não acho que as máquinas de escrever vão desaparecer, não vejo isso acontecer tão cedo”.

Para quem ele vende? “Temos contratos com penitenciárias de 43 Estados (norte-americanos) para fornecer máquinas de escrever transparentes  para os presos, de modo que eles não possam esconder contrabando dentro delas”, afirmou o executivo.

Esse mercado, no entanto, está ameaçado. Existe um projeto nos EUA de permitir que os presidiários utilizem computadores para enviar e receber e-mails. Segundo autoridades que defendem esse projeto, é mais seguro monitorar as conversas dos presos pelo meio eletrônico do que pelo impresso. No caso do e-mail, “não se pode colocar pó branco no envelope”, disse Dan Pacholke, diretor de penitenciária em Washington.

Além das prisões, repartições públicas ainda são clientes da Swintec. “Há muitos documentos que ainda precisam ser escritos à máquina, como formulários, ordens de compras, envelopes e memorandos”, disse o gerente Ed Michael em outra reportagem .

Informações desencontradas

A notícia do fim da máquina de escrever rodou o mundo depois que o jornal indiano “Business Standard ” disse que a empresa local Godrej & Boyce não fabrica mais o produto desde 2009. A informação é verdadeira, mas o texto acrescentava que a companhia era a última do mundo a produzir máquinas de escrever.
A Godrej foi a última sobrevivente entre as grandes marcas de máquinas de escrever. Antes da indiana, saíram do mercado nomes como Remington Rand, Olivetti, Smith-Corona, Adler-Royal, Olympia e Nakajima, segundo o “Business Standard”. No entanto, ainda existe pelo menos um fabricante de menor porte, a Swintec.


Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/ultima-fabrica-de-maquinas-de-escrever-e-fechada-na-india
http://blogs.estadao.com.br/radar-economico/2011/04/26/prisoes-mantem-vivo-o-mercado-de-maquinas-de-escrever/

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